Como parar o turbilhão de pensamentos que me acompanha todos os dias é algo que ainda não descobri. O que sei é que nesta época do ano, mais precisamente quando temos que encerrar mais um ciclo, milhares de "coisas" voltam a minha mente. Parece um jogo de memória - olha isso, não vá esquecer, é importante. Até o que deveria ser esquecido entra na brincadeira, e o aprendizado do "deixar passar" (ou let it go, que eu acho mais significativo para expressar a idéia) se torna um desafio.
Desse último ano, o que vale a pena ser retido? Quantas experiências vou querer levar comigo? Minha vontade é de não levar nada, porque olho para trás e não consigo ver o que realmente importa. Foi um período nebuloso, de grandes alegrias que se transformaram em decepções que ainda não esqueci, e ao mesmo tempo, abri novos horizontes para poder continuar a caminhar em paz.
Olhar para si mesmo é sempre o mais difícil, foi o que mais ouvi ao longo dos últimos meses. Agora que já aprendi para onde apontar a vista, e como usar a minha bússola, não quero mais me perder de mim.
Aqui está quase tudo o que se passa no turbilhão de conexões do meu cérebro e entre as batidas do meu coração... Este é um convite para o meu mundo!
domingo, 19 de dezembro de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Fé
Em que ou em quem você acredita? A fé não diz respeito somente à religião, mas sim ao conjunto de crenças que te levam a tomar certas decisões. Mesmo aquele que diz não acreditar em nada leva em consideração sua bagagem de experiências de vida, e inconscientemente acredita que pode atingir um objetivo. "E isso é fé?", poderiam me perguntar. "É fé em si mesmo", responderia eu.
Não acho que sejam necessárias imagens, pessoas santas, ou até mesmo um Deus para crer. Apenas acredite no seu poder interior, na sua capacidade de fazer as mudanças acontecerem. O que é externo a sua alma somente canaliza a energia que vem da sua fé. Não importa em que, em quem ou para o que, apenas acredite - e sinta.
domingo, 1 de agosto de 2010
E no final, tudo é só uma lembrança
Eu já tinha escrito aqui sobre mudanças. Mas nunca pensei que seriam duas mudanças, em um curto espaço de tempo - dois extremos de sensações. Fui da felicidade imensa a uma tristeza negra, em questão de semanas a vida parecia não ter mais sentido.
Senti a maravilha e a benção de gerar uma nova vida, mas logo depois percebi que não temos controle sobre o outro. Quem explica o que aconteceu? Eu mesma desisti de achar respostas lógicas, me refugiei naquilo que não se explica - nessa hora quem precisava de conforto era meu coração, não meu cérebro.
Ainda é difícil pensar na "perda" sem sentir uma brisa triste me tocar. Eu a assopro para longe de mim, com força e esperança. Claro que nunca irei esquecer, mas sei que vai chegar um dia que a brisa triste não vai mais me encontrar.
P.S.: a partir de hoje decidi que postarei o que sinto, não só meus textos.
domingo, 14 de março de 2010
Em um piscar de olhos, você sabe que nunca mais será a mesma pessoa
Era mais um desses dias em que a vida parece passar devagarinho, quase bocejando, e lá estava eu. Desesperadamente em dúvida e alheia ao que se passava ao meu redor. Algo dentro de mim gritava, mas eu não sabia dizer o porquê. Seria alegria ou seria terror? Por que gritava, não podia sussurrar sua mensagem e me fazer compreender melhor o que tanto queria me dizer?
De súbito, veio o lampejo e a sensação de que o mundo estava de cabeça para baixo. Onde está o chão, porque flutuam meus pés e minhas mãos? Quem está a me guiar por esse caminho tão cheio de luz? Por fim, compreendi o que queria dizer o que está dentro de mim: "Me aceite, me receba, sou a vida e o amor que se formam em ti..."
Fez-se a paz, fez-se um novo mundo, fez-se a alegria. E hoje, vejo e aprecio os dias passando devagar...
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