domingo, 19 de dezembro de 2010

O caminho, a bússola e a direção

Como parar o turbilhão de pensamentos que me acompanha todos os dias é algo que ainda não descobri. O que sei é que nesta época do ano, mais precisamente quando temos que encerrar mais um ciclo, milhares de "coisas" voltam a minha mente. Parece um jogo de memória - olha isso, não vá esquecer, é importante. Até o que deveria ser esquecido entra na brincadeira, e o aprendizado do "deixar passar" (ou let it go, que eu acho mais significativo para expressar a idéia) se torna um desafio.

Desse último ano, o que vale a pena ser retido? Quantas experiências vou querer levar comigo? Minha vontade é de não levar nada, porque olho para trás e não consigo ver o que realmente importa. Foi um período nebuloso, de grandes alegrias que se transformaram em decepções que ainda não esqueci, e ao mesmo tempo, abri novos horizontes para poder continuar a caminhar em paz. 

Olhar para si mesmo é sempre o mais difícil, foi o que mais ouvi ao longo dos últimos meses. Agora que já aprendi para onde apontar a vista, e como usar a minha bússola, não quero mais me perder de mim.